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Conhecer melhor o Salmão

O salmão nasce nos rios e lagos de água doce e só quando atinge a maturidade (pode levar de 2 a 5 anos), é que segue em direção ao mar. Anualmente chegam a fazer milhares de quilómetros, nadando contra as correntes para retornar aos rios onde nasceram, para desovar.

O salmão faz parte de um conjunto de peixes chamados de “peixes azuis”, considerado peixe gordo. O seu consumo é tido como muito benéfico para a saúde uma vez que contém imensas qualidades nutricionais, muito rico em ómega 3, que ajuda a combater o mau colesterol (LDL), anti-inflamatório, entre outras. Isso é verdade quando se consome o salmão selvagem. Infelizmente, muito raramente se encontra à venda.

O alto consumo criou moda e percebeu-se que poderia advir muito lucro nessa fatia de mercado. Surgiu então o salmão de cativeiro, que nada tem a ver com o salmão selvagem! O salmão selvagem apresenta uma carne cor-de-rosa, vive em liberdade no oceano e na época da reprodução sobe para os rios. Este é o verdadeiro salmão, raro, caro, colorido à base de uma dieta composta entre outras coisas de camarão e Krill.

Salmão selvagem
Salmão selvagem

Mais da metade do consumo mundial de salmão, atualmente, tem como origem viveiros. Esta produção acaba com as propriedades / qualidades nutricionais: Ômega 3, vitaminas A, D, E e complexo B, Magnésio, Ferro.

Os peixes vendidos “aos quilos” e em promoção nos supermercados por preços acessíveis, geralmente, são provenientes da aquicultura. A quantidade de toxinas encontradas no salmão é enorme o que o torna muito prejudicial para a saúde. O problema intensifica-se quando se ingere sem cocção, isto é, cru.

O peixe de aquicultura, a cor alaranjada que apresenta advém de corantes que colocam na água e produtos que incrementam na alimentação. Quando as quantidades, desses aditivos/compostos, são elevadas podem causar problemas de saúde, como por exemplo, visão, alergias e com propriedades carcinogénicas. 100g de salmão produzido em cativeiro, equivale, em toxinas, a 1 ano a consumir produtos enlatados.

O aspeto do salmão de cativeiro, em nada se assemelha ao criado no seu ambiente natural.

Salmão de cativeiro
Salmão de cativeiro

Geralmente, os ambientes onde são criados, não apresentam condições de higiene adequada e na alimentação encontram-se altas doses de antibióticos, muita gordura, farinha e gordura de peixe, além dos corantes sintéticos que dão a cor à carne do peixe.

Antes de comprar este peixe deve ver a etiqueta/rótulo da embalagem, onde conste o País de origem e se é criado em cativeiro ou não.

O salmão selvagem para crescer leva entre 22 a 30 meses. Os de viveiro são criados em tanques rede (cercos de tela de nylon) com pouco espaço e regime de engorda intensiva. À ração misturam-se altas doses de antibióticos, fungicidas e vermicidas, para evitar doenças e o rendimento da produção.

O Salmão é um dos melhores indicadores de qualidade da água, precisa dela extremamente limpa e gelada, condições ambientais que se não forem satisfeitas provocam um decréscimo acentuado à reprodução. O uso de pesticidas na Agricultura e nas cidades contamina as águas e isto compromete a vida do salmão selvagem, alterando os seus padrões de reprodução, provocando doenças e morte dos peixes.

Tenha em atenção o tipo de salmão que consome, porque se optar pelo criado em cativeiro, não é boa fonte de ômega-3, devido justamente à sua ração, que em nada se compara com a alimentação natural, que seria necessária para formar esse ácido graxo essencial.

Apenas uma curiosidade: Uma grande parte da importação do salmão selvagem, no rótulo da embalagem aparece a indicação “Made in China”, mas na verdade não vem de lá. O salmão é pescado, por exemplo no mar gelado do Atlântico, comprado por uma empresa chinesa que corta, limpa, retira a cabeça, congela e distribui para o todo o mundo.

Quando consumir o salmão tente ver qual a proveniência! Não consuma “gato por lebre”.