Intestino saudável e intestino doente

A maior parte da nossa imunidade está no intestino. Quando há uma alteração intestinal, implica maior passagem de substâncias para dentro do sangue e aí a imunidade sofre com isso. Um dos problemas que afetam, atualmente o nosso intestino, tem a ver com o chamado  “intestino permeável”. Este problema, foi reconhecido pela classe médica há alguns anos e revelou-se um problema muito comum, contribuindo para a inflamação e outras patologias. É crucial manter fortes as barreiras do nosso corpo, começando pelo aparelho digestivo.

Idealmente, as células que revestem o aparelho gastrointestinal devem manter uniões estanques (um complexo proteico com ocludina que  atua como o agente de calafetação entre as células). Essas junções estanques mantêm a comida no lado certo – dentro do aparelho digestivo.

Moléculas resultantes da digestão, como os aminoácidos em que as proteínas são decompostas, são depois transportadas para as células do revestimento do intestino e, dali para a corrente sanguínea, que transporta esses nutrientes para todo o corpo. Quando essas uniões não se mantêm estanques, quer dizer que o nosso intestino está permeável.

Isso pode acontecer, porquê? Acontece por causas como:

• a intolerância ao glúten,
• químicos nocivos como os que estão presentes nos pesticidas, refrigerantes ou bebidas alcoólicas,
• açúcar,
• alimentos processados e conservantes,
• inflamação,
• stress crónico,
• leveduras,
• diminuição da Vitamina D3
• fármacos como a aspirina ou acetaminofeno.
• Entre outros fatores

Contudo, não são apenas os aminoácidos, moléculas de açúcar mais simples, como a glicose e frutose e as vitaminas que chegam à corrente sanguínea. O mesmo acontece com fragmentos maiores. Esses fragmentos são reconhecidos pelo sistema imunitário como desconhecidos/invasores, desencadeando inflamação.  É crucial evitar que esses grandes fragmentos de proteínas saiam do aparelho digestivo e entrem na corrente sanguínea.

Outro motivo para manter tudo selado: a porosidade do intestino permite que outros invasores como bactérias e fungos, bem como, os seus fragmentos, entrem na corrente sanguínea. O sistema imunitário responde de novo, por vezes de uma forma que provoca danos colaterais nos seus próprios tecidos porque, as células imunitárias, assemelham-se a invasores. É como se fosse o nosso exército a combater contra o nosso país. O resultado poderá ser o aparecimento de doenças autoimunes como: esclerose múltipla artrite reumatoide lúpus eritematoso problemas na tiroide, principalmente, hipotiroidismo, tiroidite de Hashimoto, entre outras Além de que a inflamação crónica também pode contribuir para a doença de Alzheimer.

A maior parte da população tem um intestino permeável. Há sintomas que aparecem, como, por exemplo: problemas articulares, barriga inchada, enfartamento, gases/flatulência, problemas de pele (eczemas, psoríase, …).

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